6 indicadores financeiros de uma empresa de sucesso
Muitos empreendedores acreditam que o segredo para crescer é investir em rede social, marketing e impulsionar vendas. Apesar de isso ser parcialmente verdade, o que mais limita o crescimento das empresas é a incapacidade de aumentar o estoque, ou potencializar o atendimento do seu serviço por conta da falta de capital para realizar a produção do produto, ou serviço.
Por isso, entender como gerir o caixa da sua empresa com eficiência pode ser crítico para a sobrevivência da sua empresa. O primeiro passo é entender como está a saúde financeira do negócio. Para te ajudar nesse processo, trouxemos neste artigo os 6 principais indicadores financeiros que te ajudarão a entender como você pode melhorar.
1. Despesas fixas
As despesas fixas são gastos recorrentes e previsíveis que não variam com o aumento das suas vendas. Estes incluem pagamentos como aluguel, seguros, pagamentos de salários, contas de consumo fixas, serviços e quaisquer outros gastos regulares que permaneçam constantes independentemente do volume de atividade ou consumo. A previsibilidade das despesas fixas facilita o planejamento financeiro, pois permitirão que a sua empresa projete seus gastos mensais com maior precisão.
2. Custos variáveis
Esses custos mudam em função do volume de vendas e incluem despesas como matéria-prima e comissões sobre vendas. Exemplo: Gustavo tem uma hamburgueria e todas as despesas com a carne, o pão, e até mesmo o gás utilizado na cozinha, são despesas variáveis - se ele vender 100 ou 1000 hambúrgueres no mês, o custo com esses insumos vai aumentar também.
Assim, de forma simplificada, os custos variáveis são despesas que flutuam com o volume de produção ou vendas de uma empresa. Diferentemente dos custos fixos, que permanecem constantes independentemente do nível de atividade da empresa, os custos variáveis aumentam ou diminuem com as alterações na produção, ou nos serviços prestados.
Corte de custos variáveis vão implicar invariavelmente na redução da oferta e, consequentemente, da receita. Essas despesas são críticas para a manutenção do volume de vendas e, por isso, entender como se organizar financeiramente para poder atendê-las.
Exemplos de Custos Variáveis
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV): Inclui o custo de aquisição ou produção dos bens que a sua empresa vende.
Comissões de Vendas: Baseado em percentuais sobre as vendas realizadas.
Insumos de Produção: Matérias-primas e outros insumos cujo consumo está diretamente ligado ao volume de produção.
3. Capital de giro
O Capital de Giro é o principal pilar que indica a saúde financeira de uma empresa. De forma resumida, ele é uma reserva de dinheiro que toda a empresa deve ter guardado para pagar suas despesas e continuar operando sem dor de cabeça. Essa reserva vai te ajudar no dia a dia a pagar as despesas fixas e pontuais da sua empresa. São esses recursos que farão a sua empresa girar e para que isso aconteça, é importante que você separe essa reserva do lucro que você teve nas suas vendas e outras fontes de renda.
Na prática, o capital de giro da sua empresa chega da seguinte forma:
Você na sua empresa comprou o produto do seu fornecedor. O fornecedor te entregou o produto e você pagou o dinheiro para ele.
Você está com o produto na sua empresa, esse produto foi para o seu estoque, foi para prateleira e foi vendido para o seu cliente, o seu cliente levou o produto, e te pagou, às vezes com prazo, até que entrou esse dinheiro no seu caixa.
Desde o momento em que o dinheiro saiu do seu caixa até ele retornar, nesse intervalo, quem é que pagou as contas de energia, salário de funcionários, aluguel? Exatamente para isso, é importante que você tenha um montante de dinheiro que te dê essa cobertura durante esse período, e esse montante financeiro é o capital de giro, uma reserva para que você se mantenha no positivo na sua empresa.
Como eu posso calcular o capital de giro que preciso ter em reserva?
Primeiro, você deve calcular o prazo médio que você tem das contas a pagar, de todas as suas compras que você faz nos seus fornecedores. Como exemplo:
Paulo é o dono do bar e restaurante São João, ele faz 50% dos pagamentos à vista aos seus fornecedores, e 50% dos pagamentos com 30 dias. Então, na média, se metade é à vista e metade com 30 dias, na média o prazo de pagamento de Paulo para os fornecedores do seu bar é de 15 dias.
Paulo já sabe que precisa estar em dia com a sua reserva para pagar os seus fornecedores. Agora, Paulo precisa saber quando vai receber dos seus clientes para pagar os seus fornecedores. No seu caso, como o de Paulo, você precisa saber em média qual o prazo que você deve pagar os seus fornecedores, e em média em quantos dias você vai receber o pagamento dos seus clientes.
Os clientes de Paulo pagam entre 30 e 60 dias, portanto, ele deve somar a metade com 30 e metade com 60 dias. Na média (30 + 60 = 90 dias que deve se dividir por 2 - somando assim, os prazos, portanto, 90/2), 45 dias é o prazo de recebimento dos clientes.
Nesse momento, você e Paulo sabem que demora 45 dias para receber dos clientes, mas o pagamento aos fornecedores precisa ser feito em 15 dias, ou seja, tem 30 dias de prazo que precisam ser cobertos para que a empresa não fique sem dinheiro para pagar as contas.
Primeiro passo: Ter na ponta do lápis o custo fixo mensal do seu negócio, composto pelas contas de energia, telefone, salários…
Segundo passo: Ter uma estimativa do valor do custo variável mensal do seu negócio. Nos custos variáveis, nós vamos calcular todas as despesas relacionadas com a venda ou a produção do produto.
Com esses valores mensais dos seus custos variáveis e de seus custos fixos, vamos fazer uma média diária. Assim, você vai ter um valor aproximado de qual é o seu custo por dia.
No caso de Paulo e, que pode ser o seu caso, já se sabe que há 30 dias de prazo descoberto para pagar os fornecedores e também já sabe qual é o valor diário do custo mensal do negócio que deve ser pago. Multiplique esses 30 dias pelo valor diário do seu custo e você vai ter a primeira parte do quanto você precisa de capital de giro.
Além disso, você precisa ter também uma noção do valor do estoque mínimo até a próxima compra no fornecedor. Tenha pelo menos o estoque mínimo até a próxima reposição do seu fornecedor, some esses valores de quanto você precisa com os valores anteriores, e você terá o valor total da sua necessidade de capital de giro.
4. Fluxo de caixa
Entre os seis pilares, o fluxo de caixa é o mais importante para a gestão do seu negócio. Ele mostra as entradas e saídas de dinheiro, fornecendo uma base sólida para tomar decisões sobre investimentos, despesas e necessidades de financiamento. O controle do fluxo de caixa deve ser diário, incluindo informações sobre pagamentos, recebimentos, vendas, despesas e outras transações financeiras.
A principal utilidade do fluxo de caixa é identificar quando a empresa tem excesso ou falta de recursos, o que ajuda no planejamento e no monitoramento do desempenho financeiro. Com essa ferramenta, é possível verificar se as receitas futuras serão suficientes para cobrir os gastos, permitindo com que você aja de forma proativa na gestão de recursos na sua empresa.
Existem dois métodos principais para registrar transações no fluxo de caixa:
Regime de Caixa: Registra receitas e despesas apenas quando o dinheiro realmente entra ou sai. Por exemplo, em uma venda de R$600, se R$200 são recebidos dentro do mês, apenas R$200 são contabilizados.
Regime de Competência: Registra receitas e despesas no momento em que ocorrem, independentemente de quando o dinheiro é recebido ou pago. No mesmo exemplo, os R$600 são registrados mesmo que apenas R$200 sejam recebidos no mês.
Entendemos que gerenciar o fluxo de caixa de forma eficaz é um dos principais pilares para que você consiga se manter no mercado e prosperar no seu setor. Para que isso possa ocorrer sem nenhuma dor de cabeça, ter cronogramas de pagamento flexíveis e o poder de planejar e gerenciar as finanças da sua empresa sem comprometer seus planos é possível através da CrediPay.
5. Margem de contribuição individual
Os custos variáveis só aparecem quando você produz ou vende. Eles dependem da quantidade produzida. Por outro lado, os custos fixos, como aluguel e salários, precisam ser pagos independentemente da quantidade produzida ou vendida. Uma ferramenta importante para gerenciar isso é a margem de contribuição.
Margem de Contribuição = Receita - Custos Variáveis - Despesas Variáveis
- Receita: Total de dinheiro gerado pelas vendas de produtos ou serviços.
- Custos Variáveis: Custos que variam diretamente com a quantidade de produção ou venda, como matéria-prima e embalagens.
- Despesas Variáveis: Gastos que flutuam com o volume de vendas, incluindo comissões, frete e impostos sobre vendas.
Vamos entender como funciona: ao vender um produto, deduzimos tributações e despesas variáveis, como comissões sobre vendas. Depois, subtraímos o custo da mercadoria vendida, que inclui matéria-prima e embalagem. O que resta dessa subtração é a margem de contribuição.
A fórmula para calcular a margem de contribuição é simples: Receita menos Custos Variáveis menos Despesas Variáveis. Este cálculo pode ser feito tanto de forma total quanto unitária e os valores podem ser apresentados de forma absoluta ou percentual.
Por exemplo, se um produto é vendido por R$100, com custos e despesas variáveis de R$40, a margem de contribuição é de R$60, ou 60%. Essa margem ajuda a cobrir os custos fixos, que são independentes da produção ou vendas.
Entender a margem de contribuição de cada item vendido vai te permitir ajustar estrategicamente os preços de venda ou controlar os custos variáveis para maximizar o lucro da sua empresa.
6. Ponto de equilíbrio
Imagina ter um indicador que é capaz de direcioná-lo sobre qual o volume de vendas que vai cobrir toda a estrutura do seu negócio e vai direcioná-lo sobre qual o volume de vendas para gerar a margem líquida que você deseja. O indicador Ponto de Equilíbrio vai te ajudar com isso.
Basicamente, o ponto de equilíbrio é o nível de vendas necessário para cobrir todas as despesas operacionais, sem gerar lucro ou prejuízo. Entender o ponto de equilíbrio ajuda a definir metas de vendas realistas e necessárias para a sustentabilidade do negócio.
Primeiro passo: Primeiro, levante seu volume médio de vendas e o custo das mercadorias vendidas. Depois, some as despesas variáveis como comissões, impostos e frete.
Segundo passo: Calcule as despesas fixas, como salários e aluguéis.
Terceiro passo: Busque informações sobre as suas despesas variáveis, aquelas que se movimentam conforme o volume de vendas na sua empresa, como comissões, imposto e frete sobre produto.
Quarto passo: Busque pelas suas despesas operacionais, no caso, as empresas fixas do seu negócio, como exemplo, aluguel, água, energia, telefone, salário, etc.
Com esses dados, aplicamos em uma fórmula simples para encontrar o ponto de equilíbrio financeiro e econômico, que indica o mínimo que você precisa vender para cobrir os custos.
Como posso calcular o Ponto de Equilíbrio do meu negócio?
Primeira etapa: Vendas - Custo e Despesas Variáveis = Margem de Contribuição
Vamos supor que você tenha uma loja, nesta loja, você vende 100.000 reais por mês, e você tem um custo de mercadoria vendida de 50 mil reais, mais 10 mil reais de impostos, neste caso a sua margem de contribuição é de 40 mil reais (100 mil - 50 mil + 10 mil).
Você já sabe que a sua loja tem uma margem de contribuição de 40 mil reais, ou 40% sobre o volume médio das suas vendas.
Segunda etapa: Despesas Fixas / Percentual da Margem de Contribuição
Você tem um total de despesas fixas do seu negócio de 30 mil reais. Portanto, você vai calcular o seu ponto de equilíbrio com a seguinte fórmula, 30.000/ 0,40 (40%), que são 75.000 reais que você precisa atingir de vendas apenas para atingir o ponto de equilíbrio, ou seja, não vai te gerar nenhum um lucro mas é o valor mínimo de vendas que você deve realizar para não ter o seu negócio no vermelho.
Quanto menor for o seu ponto de equilíbrio, melhor vai ser para o seu negócio. Por isso, avalie constantemente a sua estrutura de custos e se preocupe em diminuir gastos que não agregam valor ao seu negócio.
Dica importante: Agora que você já sabe o valor mínimo de vendas que você deve realizar, você pode usar o Ponto de Equilíbrio como o indicador para definir as metas de vendas da sua empresa. É importante que você alavanque o seu número de vendas, mas sempre mantenha o controle da inadimplência do seu negócio, portanto, tenha um controle de quando vai receber dos seus clientes.
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